"Zé do Skinão"


Nascido José Francisco Junior, "Zé do Skinão" a partir do início dos anos 70, também foi conhecido como "Zé da Lalai" por ter gerenciado o inesquecível restaurante da Lalai. A sua caminhada por essa atividade profissional teve início no bar "Rumo ao Oeste", que funcionava na estação da estrada de ferro Noroeste do Brasil, depois no serviço de carro-restaurante da mesma ferrovia, posteriormente no Bauru Tênis Clube e Restaurante Sem Limites.

Pouca gente sabe da real história do Zé do Skinão e de como ele aportou literalmente no Brasil. Sua família residia no Líbano e, após o falecimento do seu pai, sua mãe (Zulmira Bechir) que estava grávida, resolveu vir para o Brasil - antes, portanto, que ele nascesse naquele longínquo país. Viajou como autêntico "clandestino", pois logo que o navio atracou em Natal (Rio Grande do Norte), chegou ao mundo, isto exatamente no dia 19 de fevereiro de 1925. Quis assim, o destino, que o seu nascimento ocorresse em pleno território brasileiro. Posteriormente veio para Bauru e aqui viveu sua história.

Foi casado com Mariana Sanches, e desse casamento nasceram três filhos: José Carlos, Júlio César (Joia) e Marco Antônio (Marquinhos), que seguiu o caminho do pai e é hoje o responsável pelo Skinão e mais novo "defensor" do famoso sanduíche.

Em 1971 decidiu se instalar com seu próprio negócio. Foi quando nasceu o "Skinão Lanches", que era localizado na Avenida Rodrigues Alves esquina com a rua Gustavo Maciel.

Sabedor dos problemas que atormentavam Bauru, pois era um grande observador, sempre comentava com os frequentadores da sua lanchonete a respeito das situações embaraçosas que afligiam nossa cidade. Sem cores políticas, conversava de igual para igual com homens públicos que lá compareciam com regularidade, levando a eles reclamações que ouvia dos clientes. Não deixava, portanto, de ser um verdadeiro conselheiro.

Depois de desfrutar de momentos felizes em nossa Bauru, não somente ao lado de seus familiares como do numeroso círculo de amigos que formou, Zé Francisco faleceu em 29 de abril de 2002. Partiu do nosso mundo, mas sua lembrança jamais deixou a sem limites.

Fonte: Bauru Ilustrado / Luciano Dias Pires