O trabalho Infantil, no Brasil, é qualquer trabalho exercido por criança e adolescente
com menos de 16 anos, proibido por Lei, exceto na condição de aprendiz, dos 14 aos
16 anos de idade. Os programas de aprendizagem, cujo objetivo é facilitar a formação
técnico-profissional de adolescentes a partir dos 14 anos, devem atender a uma série
de condições específicas, de modo a garantir que esse trabalho não prejudique o
cotidiano e a vida escolar do jovem, entre outros, conforme estabelece o Estatuto
da Criança e do Adolescente, Lei 8069/90.
Onde ele costuma ocorrer?
Hoje, no Brasil, a exploração do trabalho infantil está presente em diversos ambientes,
tanto privados como públicos. Em toda a América Latina, segundo a OIT, uma de cada
dez crianças e adolescentes está em situação de trabalho infantil, em suas mais
diversas formas. Ou seja, ele pode estar na casa das pessoas, no restaurante do
bairro, na esquina daquela avenida... Há ainda aqueles cuja prática é menos recriminada
socialmente, como o trabalho rural e o doméstico, e até aqueles relacionados a atividades
ilegais, com a exploração sexual e o tráfico de drogas.
Fazer uma criança ajudar nos afazeres domésticos é promover o trabalho infantil?
Quando essa criança não consegue realizar as demais atividades importantes de seu
dia-a-dia – como ir à escola, brincar, participar de atividades culturais – por
conta do excesso de afazeres domésticos, ou se há exploração comercial, essa situação
se caracteriza sim como trabalho infantil. Isso é ainda mais comum quando uma criança
de uma família sem condições financeiras de garantir seu sustento é convidada a
morar com uma família mais favorecida em troca da ajuda com esses serviços. É o
chamado trabalho infantil doméstico, e os hábitos culturais de nossa sociedade acabam
por até incentivar a prática.
E comprar balas de uma criança no farol, é promover o trabalho infantil?
Sim, e essa é uma das piores formas da prática. E, pois esse trabalho informal urbano
é um dos mais complicados de combater.